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                                                            História estranha
                                                                                          Luís Fernando Veríssimo

            Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e... O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos, como eu vou ser sentimental!
Analise e responda:
1- “Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros [...]”. O pronome “seus” destacado neste trecho se refere:
 a) À babá
b) Ao homem
c) Ao menino
d) Ao tempo

2-O texto de Luis Fernando Veríssimo pode ser classificado como:
 a) Uma narração
b) Uma dissertação
c) Uma descrição
 d) Uma bula de remédio

3-. No texto, observamos que o próprio personagem é o narrador da história. Qual das opções abaixo pode confirmar essa afirmativa:
a) “Como eu era inocente.”
b) “Sente uma coisa no peito”
c) “Que coisa pior ainda é o tempo.”
d) “O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer”.

4- A alternativa que melhor completa a frase abaixo é:
 - __________não posso ir sozinho? –
   __________ é muito longe.
a) Porquê – Porquê
b) Porquê – Por quê
c) Por que – Por que
d) Por que – Porque –


5-  Das quatro alternativas abaixo, marque a única que tem    na oração um  sujeito simples.

a) Existem algumas dúvidas.
b) Compraram-se livros e revistas.
c) Precisa-se de ajuda.
d) Faz muito frio..

6- Assinale a alternativa onde se verifica a indeterminação do sujeito:

a) “Contaram-me coisas estranhas.”
b)“Narramos estórias para enganar o tempo.”
c) “Eu vou escrever este poema para provar que sou sublime.”
d) “Não soubeste viver a tua vida.”

7- Das orações: “Pede-se silêncio”, “A caverna anoitecia aos poucos”, “Fazia um calor temendo naquela tarde” – o sujeito classifica-se respectivamente como:

a) indeterminado, inexistente, simples
b) oculto, simples, inexistente
c) inexistente, inexistente, inexistente
d) simples, simples, inexistente.

8- A palavra nos parênteses não preenche adequadamente a lacuna do enunciado em:
a) O crime foi bárbaro. Somente após a ___________ do assassino é que foi possível prendê-lo. (descrição)
b) Só seria possível ___________ o acusado, se conseguíssemos mais provas que o inocentassem. (descriminar)
c) As negociações só vão ___________ os resultados esperados, caso todos compareçam. (sortir)
d) O corpo estava ____________, apenas a cabeça estava fora da água, que subia cada vez mais. (imerso)


9- A professora entrou apressada. O destaque indica:

a) Predicado nominal
b) Predicado verbo-nominal
c) Predicado verbal
d) Adjunto adverbial


10- “Na manhã seguinte, desci um pouco amargurado, outro pouco satisfeito.” Indique a alternativa que contém o predicado do mesmo tipo que o do período acima.

a) Esta injúria merecia ser lavada com o sangue dos inimigos.
b) Na tarde de uma segunda-feira, anunciei-lhe um pouco da minha tristeza,
outro pouco da minha satisfação.
c) Recebeu convicto e com certa afeição as verdades do filósofo.
d) Mas eu era moço à semelhança do meu tio Neves.



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