Sujeito é um dos termos essenciais
da oração, geralmente responsável por realizar ou sofrer uma
ação ou estado. Ele é o termo com qual o verbo concorda.
Em português, o
sujeito rege a terminação verbal em número e pessoa e é marcado pelo caso reto quando são usados os pronomes pessoais. As regras de regência do
sujeito sobre o verbo são denominadas concordância verbal. Na
frase, Nós vamos ao teatro. vamos é uma forma do
verbo "ir" da primeira pessoa do plural que concorda com o
sujeito nós.
Classificação
O sujeito pode ser classificado em simples, composto, indeterminado, elíptico ou oculto,
e inexistente.
No último caso, temos o que se convencionou chamar deoração sem
sujeito.
Sujeito simples
É o sujeito que apresenta apenas um núcleo de substantivo (nome ou pronome). Aumentar o número de
características a ele atribuídas não o torna composto. Exemplos de sujeito
simples (o sujeito está em negrito):
Obs.: o verbo concorda com o sujeito, seja ele
anteposto ou posposto.
Maria é uma garota bonita.
A pequena criança parecia feliz com seu novo brinquedo.
Sujeito composto
É aquele que apresenta mais de um núcleo substantivo
Ana e Rute fizeram compras
no sábado.
Mateus e o amigo Bruno saíram
para almoçar.
O sujeito também pode vir depois do verbo:
Saíram Bruno e Mateus.
Saiu Bruno e Mateus
Obs.: Note que, no segundo caso, o verbo
"saiu" concorda com o sujeito "Bruno", mais próximo a ele.
Isso é permitido apenas quando o sujeito composto está posposto ao verbo;
chama-se concordância atrativa.
Sujeito subentendido; desinencial, implícito, oculto ou elíptico
Sujeito desinencial é aquele
que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela
desinência do verbo.
Fechei a porta.
Quem fechou a porta?
Perguntaste mesmo isso à professora?
Obs.: não confundir vocativo (expressão de chamamento) com
sujeito.
Querido aluno, leia sempre! (sujeito
oculto: "você" — "você" leia sempre "eu" —
"eu" fico feliz com seu sucesso)
Obs.: As classificações do sujeito, em Língua
Portuguesa, são apenas três: simples, composto e indeterminado.
o nome de Sujeito
desinencial, elíptico ou implícito não
equivale a classificar o sujeito, mas somente determinar a forma como o sujeito
simples se apresenta dentro da estrutura sintática. No mais, a
classificação Sujeito Oculto foi abolida, por questões
técnico-formais e linguístico-gramaticais, passando a denominar-se Sujeito
Simples Desinencial, uma vez que se pode determiná-lo através dos morfemas
lexicais terminativos das formas verbais, situação na qual, para indicar que o
sujeito se encontra elíptico usa a forma pronominal reta equivalente à pessoa
verbal entre parênteses. Assim, na estrutura sintática: "Choramos todos
os dias", para indicar o sujeito simples subentendido na forma verbal,
coloca-se entre parênteses da seguinte forma: (Nós)= sujeito simples
desinencial. ]
Sujeito indeterminado
Sujeito indeterminado é a expressão que não identifica o
agente. Podemos dizer que o sujeito é indeterminado quando o verbo
não se refere a uma pessoa determinada, ou
por se desconhecer quem executa a ação ou por não haver interesse no seu
conhecimento. Aparecerá a ação, mas não há como dizer quem a pratica ou
praticou.
Há quatro maneiras de identificar um sujeito indeterminado:
A palavra se é um índice de indeterminação do
sujeito, pois não se pode dizer quem precisa ou quem necessita.
Cuidado! Caso você encontre frases com Verbo
Transitivo Direto:
Compram-se carros. (Quem compra, compra alguma coisa →
verbo transitivo direto)
Vende-se casa. (Quem vende, vende alguma coisa → verbo
transitivo direto)
Não se caracteriza sujeito indeterminado, pois nos casos de VTD, a
partícula "se" exerce a função de partícula apassivadora e a frase se
encontra na voz passiva sintética. Transpondo as frases para a voz passiva
analítica, teremos:
Carros são comprados. (sujeito: "Carros");
Casa é vendida. (sujeito: "Casa").
Aqui se dorme muito bem.
Brinca-se no carnaval de salão.
Predicado
É tudo aquilo que se informa sobre o sujeito e é estruturado em torno de um
verbo. Ele sempre concorda em número e pessoa com o sujeito.
Quando é um caso de oração sem sujeito, o verbo do predicado fica na formam
impessoal, 3ª pessoa do singular. O núcleo do predicado pode ser um verbo
significativo, um nome ou ambos.
Por exemplo:
- Seu trabalho
tem uma ligação muito forte com a psicanálise.
Há verbos que expressam ação (chamados de significativos). São eles:
Tipos de predicado pode ser subdividido em: Predicado nominal, verbal ou verbo-nominal.
Predicado verbal
Predicativo é um objeto direto ou um objeto indireto que pode aparecer
precedido de preposição; Quando não houver possibilidade de se encontrar um
predicativo em orações onde aparecem verbos de ação, tem como núcleo um nome
que desempenha função de predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é um
termo que caracteriza o sujeito tendo como intermediário o verbo de ação.
Predicado nominal
O predicado nominal é quando o verbo indica um estado.Neste caso o núcleo a
palavra (nome).
EX: A professora é severa
Predicado Verbo-Nominal
Predicado verbo-nominal pode ser formado de:
Verbo intransitivo (não transita entre substantivos) + predicativo do
sujeito.
Por exemplo: Joana partiu contente. Sujeito Verbo
Intransitivo Predicativo do Sujeito -Verbo Transitivo + Objeto +
Predicativo do Objeto
Por exemplo: A despedida deixou a mãe aflita.
Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo do
Objeto -Verbo Transitivo + Predicativo do Sujeito + Objeto
Por exemplo: Os alunos cantaram emocionados aquela
canção. Sujeito Verbo Transitivo Predicativo do
Sujeito Objeto Direto
Observação
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e
seu predicativo, basta passar a oração para voz passiva. Veja:
Voz ativa: As mulheres julgam os homens insensíveis.
Sujeito Verbo Significativo Objeto Direto Predicativo
do Objeto
Voz passiva: Os homens são julgados insensíveis pelas
mulheres. Sujeito Verbo Significativo Predicativo do Objeto
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo
(insensíveis). Essa relação se evidencia quando passamos a oração para a voz
passiva.
Observação
O predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre
predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de
preposição. Exemplo:
Todos o chamam de irresponsável. Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele
ingrato.)
Advérbio
É uma palavra invariável
que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Às vezes, um advérbio pode
se referir a uma oração inteira; nessa situação, normalmente transmitem a
avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração.
Por exemplo:
As providências
tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente.
Quando modifica um verbo,
o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como:
Tempo: Ela chegou tarde.
Lugar: Ele mora aqui.
Modo: Eles agiram mal.
Negação: Ela não saiu
de casa.
Dúvida: Talvez ele volte.
Observações:
- Os advérbios que se
relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstâncias do
processo verbal, podendo assim, ser classificados como determinantes.
Por exemplo:
Ninguém manda aqui!
mandar: verbo
aqui: advérbio de lugar =
determinante do verbo
- Quando modifica um
adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de intensidade.
Por exemplo:
O filme era muito bom.
- Na linguagem
jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios associados
a substantivos:
Por exemplo:
" Isso é simplesmente futebol"
- disse o jogador.
"Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária ufanista.
"Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária ufanista.
Compare estes exemplos:
O ônibus chegou.
O ônibus chegou ontem.
A palavra ontem acrescentou
ao verbo chegou uma circunstância de tempo: ontem é um advérbio.
Marcos jogou bem.
Marcos jogou muito bem.
A palavra muito intensificou
o sentido do advérbio bem: muito, aqui, é um advérbio.
A criança é linda.
A criança é muito linda.
A palavra muito intensificou
a qualidade contida no adjetivo linda: muito, nessa
frase, é um advérbio.
Classificação dos
Advérbios
De acordo com a
circunstância que exprime, o advérbio pode ser de:
Lugar: aqui, antes,
dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá,
detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo,
aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora,
alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, à distância de,
de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.
Tempo: hoje, logo,
primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda,
antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre,
já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de
manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento,
de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.
Modo: bem, mal, assim,
adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às
claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito,
desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de
cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente,
tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente,
escandalosamente, bondosamente, generosamente.
Afirmação: sim, certamente,
realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras,
indubitavelmente.
Negação: não, nem,
nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum.
Dúvida: acaso, porventura,
possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez,
casualmente, por certo, quem sabe.
Intensidade: muito,
demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado,
quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de
todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente,
bem (quando aplicado a propriedades graduáveis).
Exclusão: apenas,
exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente.
Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores.
Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores.
Inclusão: ainda, até, mesmo,
inclusivamente, também.
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência.
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência.
Ordem: depois,
primeiramente, ultimamente.
Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por comparecerem à festa.
Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por comparecerem à festa.
Saiba que:
- Para se exprimir o
limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio o mais ou o menos.
Por exemplo:
Ficarei o mais
longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde
possível.
- Quando ocorrem dois ou
mais advérbios em -mente, em geral sufixamos apenas o último:
Por exemplo:
O aluno respondeu calma e respeitosamente.
Distinção entre Advérbio
e Pronome Indefinido
Há palavras como muito,
bastante, etc. que podem aparecer como advérbio e como pronome indefinido.
Advérbio: refere-se a um
verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre flexões.
Por exemplo: Eu
corri muito.
Pronome
Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões.
Por exemplo: Eu
corri muitos quilômetros.
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